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domingo, 4 de dezembro de 2016

Projeto Correspondência

                                                         Belo Horizonte, 4 dezembro de 2016

Querido Pai e querida,
     Estou finalizando o projeto ''correspondência'' com esta carta.
     Despertamos em sala de aula algumas palavras para compartilhar com todos os funcionários do colégio. O resultado foi este: 19 palavras.
     Agora é a vez da nossa família envolver-se. Leiam com atenção as palavras ''acordadas'' por nossa turma e acrescente outras também importantes para nós e para o nosso planeta Terra.
     Aguardo resposta. Sua carta fará parte do livro coletivo que estamos preparando.
Com toda minha gratidão,
Seu filho Lucas.


Palavras

Lealdade                                                                             Verdadeiro
Irmão                                                                                   Esperança
Vida                                                                                     Renuncia
Respeito                                                                               Delicadeza
Escola                                                                                   Eleitor

Pátria                                                                                    Franco
Azul                                                                                     Expressão
Zelo

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Projeto Cartas

                                                              Mãe Terra

                                          Belo Horizonte 02 de Dezembro de 2016

Querida mãe Terra,
     O meu nome é Lucas e sou uma criança que vive por você. Moro na cidade de Belo Horizonte que fica no Brasil.
     Há pouco tempo comecei à entender o seu sofrimento, o quanto nós (seres humanos) te machucamos. Por isso, quero te pedir desculpa por todos os maus que lhe fiz e à partir de hoje prometo que nuca mais irei lhe fazer mau.

Abraços, 
Lucas Soares Tavares
  
 
 

 

sábado, 29 de outubro de 2016

Beto Junqueyra


Biografia de Beto Junqueyra

Beto Junqueyra é Alberto Júlio Junqueyra Guimarães Araújo. Natural de São Paulo, formou-se em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Estudou e trabalhou no exterior, tendo participado de vários projetos de Marketing internacional. Atualmente, tem uma editora especializada no desenvolvimento de livros para empresas. Publicou, em parceria com Aparecida Liberato, uma dezena de obras de autoajuda no Brasil e no exterior. Na literatura infanto juvenil, sua maior paixão, é o Autor de Os Natos-volta ao mundo falando português e A chave do tesouro, entre outros.

Fonte: Livro ''Os Natos-deu a louca no mundo''

domingo, 18 de setembro de 2016

Página de um diário

3 de janeiro de 2016



Hoje acordei de madrugada com as malas prontas para viajar. Tinha uma van me esperando na porta de minha casa, pronta para me levar para a cidade de Santos em São Paulo. 
Depois de tudo pronto, entrei na van e fiquei horas e horas viajando até Santos.
Quando cheguei, fomos para o porto onde tinha um navio enorme nos esperando. Depois de mostrarmos os documentos e terminado todos os procedimento de embarque, entrei para dentro do navio. Quando anoiteceu, dentro da cabine, meu pai me contou que amanhã de manhã iremos contornar a América do Sul, conhecendo os países costeiros. E assim terminei o meu dia indo dormir com o balanço do navio.




David César


Rapaz sem os membros chamado David César, tem Síndrome de Hanhart. Mesmo com suas dificuldades consegue fazer coisas incríveis.

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2014/10/rapaz-sem-membros-desafia-limites-de-doenca-com-uma-rotina-agitada.html

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Túnel do Tempo


        Tem uma imagem onde eu estou com os meus pais e com meus colegas na minha festa de aniversário de dois anos com o tema de Chico Bento. Naquele momento estávamos na mesa do parabéns com o bolo e os doces sendo devorados pelas crianças.

domingo, 7 de agosto de 2016

Clarice Lispector


Biografia de Clarice Lispector

1920
Clarice Lispector nasce em Tchetchelnik, na Ucrânia, no dia 10 de dezembro, tendo recebido o nome de Haia Lispector, terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Seu nascimento ocorre durante a viagem de emigração da família em direção à América.

1922
- Seu pai consegue, em Bucareste, um passaporte para toda a família no consulado da Rússia. Era fevereiro quando foram para a Alemanha e, no porto de Hamburgo, embarcam no navio "Cuyaba" com destino ao Brasil. Chegam a Maceió em março desse ano, sendo recebidos por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin, que viabilizara a entrada da biografada e de sua família no Brasil mediante uma "carta de chamada".  Por iniciativa de seu pai, à exceção de Tania — irmã, todos mudam de nome: o pai passa a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia — irmã, Elisa; e Haia, em Clarice. Pedro passa a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.

1925

A família muda-se para Recife, Pernambuco, onde Pedro pretende construir uma nova vida. A doença de sua mãe, Marieta, que ficou paralítica, faz com que sua irmã Elisa se dedique a cuidar de todos e da casa.

1928
- Passa a freqüentar o Grupo Escolar João Barbalho, naquela cidade, onde aprende a ler. Durante sua infância a família passou por sérias crises financeiras.

1930
- Morre a mãe de Clarice no dia 21 de setembro. Nessa época, com nove anos, matricula-se no Collegio Hebreo-Idisch-Brasileiro, onde termina o terceiro ano primário. Estuda piano, hebraico e iídiche. Uma ida ao teatro a inspira e ela escreve "Pobre menina rica", peça em três atos, cujos originais foram perdidos. Seu pai resolve adotar a nacionalidade brasileira.
1931

Inscreve-se para o exame de admissão no Ginásio Pernambucano. Já escrevia suas historinhas, todas recusadas pelo Diário de Pernambuco, que àquela época dedicava uma página às composições infantis. Isso se devia ao fato de que, ao contrário das outras crianças, as histórias de Clarice não tinham enredo e fatos — apenas sensações. Convive com inúmeros primos e primas.

1932

É aprovada no exame de admissão e, junto com sua irmã Tania e sua prima Bertha, ingressa no tradicional Ginásio Pernambucano, fundado em 1825. Passa a visitar a livraria do pai de uma amiga. Lê  "Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato, que pegou emprestado, já que não podia comprá-lo.

1933

- Seu pai prospera e mudam-se para casa própria, no mesmo bairro.

1934

- Pedro, pai de Clarice, em Dezembro desse ano, decide transferir-se para a cidade do Rio de Janeiro.

1935

Viaja para o Rio, em companhia de sua irmã Tania e de seu pai, na terceira classe do vapor inglês "Highland Monarch". Vão morar numa casa alugada perto do Campo de São Cristóvão. Ainda nesse ano, mudam-se para uma casa na Tijuca, na rua Mariz e Barros. No colégio Sílvio Leite, na mesma rua de sua casa, cursa o quarta série ginasial. Lê romances adocicados, próprios para sua idade.

1936

Termina o curso ginasial. Inicia-se na leitura de livros de autores nacionais e estrangeiros mais conhecidos, alugados em uma biblioteca de seu bairro. Conhece os trabalhos de Rachel de Queiroz, Machado de Assis, Eça de Queiroz, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Dostoiévski e Júlio Diniz.

1937
- Matricula-se no curso complementar (dois últimos anos do curso secundário) visando o ingresso na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro.

1938

- Transfere-se para o curso complementar do colégio Andrews, na praia de Botafogo. Às voltas com dificuldades financeiras, dá aulas particulares de  português e matemática. A relação professor/aluno seria um dos temas preferidos e recorrentes em toda a sua obra — desde o primeiro romance:Perto do Coração Selvagem. Ao mesmo tempo, aprende datilografia e faz inglês na Cultura Inglesa.
1939
- Inicia seus estudos na Faculdade Nacional de Direito. Faz traduções de textos científicos para revistas em um laboratório onde trabalha como secretária. Trabalha, também como secretária, em um escritório de advocacia.

1940
- Seu conto, Triunfo, é publicado em 25 de maio no semanário "Pan", de Tasso da Silveira. Em outubro desse ano, é publicado na revista "Vamos Ler!", editada por Raymundo Magalhães Júnior, o conto Eu e Jimmy. Esses trabalhos não fazem parte de nenhuma de suas coletâneas. Após a morte de seu pai, no dia 26 de agosto, a escritora — talvez motivada por esse acontecimento — escreve diversos contos: A fugaHistória interrompida O delírio. Esses contos serão publicados postumamente em A bela e a fera, de 1979. Passa a morar com a irmã Tania, já casada, no bairro do Catete. Consegue um emprego de tradutora no temido Departamento de Imprensa e Propaganda - DIP, dirigido por Lourival Fontes. Como não havia vaga para esse trabalho, Clarice ganha o lugar de redatora e repórter da Agência Nacional. Inicia-se, ai, sua carreira de jornalista. No novo emprego, convive com Antonio Callado, Francisco de Assis Barbosa, José Condé e, também, com Lúcio Cardoso, por quem nutre durante tempos uma paixão não correspondida: o escritor era homossexual. Com seu primeiro salário, entra numa livraria e compra "Bliss - Felicidade", de Katherine Mansfield, com tradução de Erico Verissimo, pois sentiu afinidade com a escritora neozelandesa.

1941
- Em 19 de janeiro, publica a reportagem "Onde se ensinará a ser feliz", no jornal "Diário do Povo", de Campinas (SP), sobra a inauguração de um lar para meninas carentes realizada pela primeira-dama Darcy Vargas. Além de textos jornalísticos, continua a publicar textos literários. Cursando o terceiro ano de direito, colabora com a revista dos estudantes de sua faculdade, "A Época", com os artigos Observações sobre o fundamento do direito de punir Deve a mulher trabalhar? Passa a freqüentar o bar "Recreio", na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, ponto de encontro de autores como Lúcio Cardoso, Vinicius de Moraes, Rachel de Queiroz, Otávio de Faria, e muitos mais.

1942

Começa a namorar com Maury Gurgel Valente, seu colega de faculdade. Com 22 anos de idade, recebe seu primeiro registro profissional, como redatora do jornal "A Noite". Lê Drummond, Cecília Meireles, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira. Realiza cursos de antropologia brasileira e psicologia, na Casa do Estudante do Brasil. Nesse ano, escreve seu primeiro romance, Perto do coração selvagem.
1943
- Casa-se com o colega de faculdade Maury Gurgel Valente e termina o curso de Direito. Seu marido, por concurso, ingressa na carreira diplomática.

1944
- Muda-se para Belém do Pará (PA), acompanhando seu marido. Fica por lá apenas seis meses. Seu livro recebe críticas favoráveis de Guilherme Figueiredo, Breno Accioly, Dinah Silveira de Queiroz, Lauro Escorel, Lúcio Cardoso, Antonio Cândido e Ledo Ivo, entre outros. Álvaro Lins publica resenha com reparos ao livro mesmo antes de sua publicação, baseado na leitura dos originais. Qualifica o livro de "experiência incompleta". Há os que pretendem não compreender o romance, os que procuram influências — de Virgínia Wolf e James Joyce, quando ela nem os tinha lido — e ainda os que invocam o temperamento feminino. Nas palavras de Lauro Escorel, as características do romance revelam uma "personalidade de romancista verdadeiramente excepcional, pelos seus recursos técnicos e pela força da sua natureza inteligente e sensível." O casal volta ao Rio e, em 13/07/44, muda-se para Nápoles, em plena Segunda Guerra Mundial, onde o marido da escritora vai trabalhar. Já na saída do Brasil, Clarice mostra-se dividida entre a obrigação de acompanhar o marido e ter de deixar a família e os amigos. Quando chega à Itália, depois de um mês de viagem, escreve: "Na verdade não sei escrever cartas sobre viagens, na verdade nem mesmo sei viajar." Termina seu segundo romance, O lustre. Recebe o prêmio Graça Aranha com Perto do coração selvagem, considerado o melhor romance de 1943. Conhece Rubem Braga, então correspondente de guerra do jornal "Diário Carioca".

1945
- Dá assistência a brasileiros feridos na guerra, trabalhando em hospital americano. O pintor italiano Giorgio De Chirico pinta-lhe um retrato. Viaja pela Europa e conhece o poeta Giuseppe Ungaretti. O lustre é publicado no Brasil pela Livraria Agir Editora.

1946
- Após o lançamento do livro, Clarice vem ao Brasil como correio diplomático do Ministério das Relações Exteriores, aqui ficando por quase três meses. Nessa época, apresentado por Rubem Braga, conhece Fernando Sabino que a introduz a Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e, posteriormente, a Hélio Pellegrino. De volta à Europa, vai morar com a família em Berna, Suíça, para onde seu marido havia sido designado como segundo-secretário. Sua correspondência com amigos brasileiros a mantinha a par das novidades, em especial as trocadas com Fernando Sabino. A troca de cartas com o escritor, quase que diariamente, duraria até janeiro de 1969. A convite, passam as festas de fim de ano com Bluma e Samuel Wainer, em Paris.

1947

Em carta às irmãs, em janeiro de 47, de Paris, Clarice expõe seu estado de inadaptação:"Tenho visto pessoas demais, falado demais, dito mentiras, tenho sido muito gentil. Quem está se divertindo é uma mulher que eu detesto, uma mulher que não é a irmã de vocês. É qualquer uma."  Em carta a Lúcio Cardoso, que havia lhe enviado seu livro "Anfiteatro", demonstra sua admiração pelas personagens femininas da obra.
1948
Clarice fica grávida de seu primeiro filho. Para ela, a vida em Berna é de miséria existencial. A Cidade Sitiada, após três anos de trabalho, fica pronto. Terminado o último capítulo, dá à luz. Nasce então um complemento ao método de trabalho. Ela escreve com a máquina no colo, para cuidar do filho. Na crônica "Lembrança de uma fonte, de uma cidade", Clarice afirma que, em Berna, sua vida foi salva por causa do nascimento do filho Pedro, ocorrido em 10/09/1948, e por ter escrito um dos livros "menos gostados" (a editora Agir recusara a publicação).

1949

- Clarice 
volta ao Rio. Seu marido é removido para a Secretaria de Estado, no Rio de Janeiro. A cidade sitiada é publicado pela editora "A Noite". O livro não obtém grande repercussão entre o público e a crítica.

1950
- Escrevendo contos e convivendo com os amigos (Sabino, Otto, Lúcio e Paulo M. Campos), vê chegar a hora de partir: seguindo os passos de seu marido, retorna à Europa, onde mora por seis meses na cidade de Torquay, Inglaterra.

Sofre um aborto espontâneo em Londres. É atendida pelo vice-cônsul na capital inglesa, João Cabral de Melo Neto.

1951
- A escritora retorna ao Rio de Janeiro, em março. Publica uma seleta com seis contos na coleção "Cadernos de cultura", editada pelo Ministério da Educação e Saúde. Falece sua grande amiga Bluma, ex-esposa de Samuel Wainer.

1952
- Cola grau na faculdade de direito, depois de muitos adiamentos. Volta a trabalhar em jornais, no período de maio a outubro, assinando a página "Entre Mulheres", no jornal "Comício", sob o pseudônimo de "Tereza Quadros". Atendeu a um pedido do amigo Rubem Braga, um dos fundadores do jornal. Nesse setembro, já grávida, embarca para a capital americana onde permanecerá por oito anos. Clarice inicia o esboço do romance A veia no pulso, que viria a ser A Maçã no Escuro, livro publicado em 1961.

1953
- Em 10 de fevereiro, nasce Paulo, seu segundo filho. Ela continua a escrever A Maçã no Escuro, em meio a conflitos domésticos e interiores. Mãe, Clarice Lispector divide seu tempo entre os filhos, A Maçã no Escuro, os contos deLaços de Família e a literatura infantil. Nos Estados Unidos, Clarice conhece o renomado escritor Erico Veríssimo e sua esposa Mafalda, dos quais torna-se grande amiga. O escritor gaúcho e sua esposa são  escolhidos para padrinhos de Paulo. Não tem sucesso seu projeto de escrever uma crônica semanal para a revista "Manchete". Tem a agradável notícia de que seu romance Perto do coração selvagem seria traduzido para o francês.

1954

É lançada a primeira edição francesa de Perto do coração selvagem, pela Editora Plon, com capa de Henri Matisse, após inúmeras reclamações da escritora sobre erros na tradução. Em julho, com os filhos, viaja para o Brasil, aqui ficando até setembro. De volta aos Estados Unidos, interrompe a elaboração de A maçã no escuro e se dedica, por cinco meses, a escrever seis contos encomendados por Simeão Leal.

1955
- Retorna a escrever o novo romance e contos. Sabino, que leu os seis contos feitos sob encomenda, os acho "obras de arte".

1956
- Termina de escrever A Maçã no Escuro (até então com o titulo de A veia no pulso)Érico Veríssimo e família retornam ao Brasil, não sem antes aceitarem serem os padrinhos de Pedro e Paulo. Entre os escritores, inicia-se uma vasta correspondência. A escritora e filhos vêm passar as férias no Brasil e Clariceaproveita para tentar a publicação de seu novo romance e os novos contos. Apesar de todo o empenho de Fernando Sabino e Rubem Braga, os livros não são editados. A escritora dá sinais de sua indisposição para com o tipo de vida que leva.

1957

Rompe unilateralmente o contrato com Simeão Leal e autoriza Sabino e Braga a encaminharem seus contos — nessa altura em número de quinze — para serem publicados no "Suplemento Cultural" do jornal "O Estado de São Paulo". Seu casamento vive momentos de tensão.

1958

Conhece e se torna amiga da pintora Maria Bonomi. É convidada a colaborar com a revista "Senhor", prevista para ser lançada no início do ano seguinte. Erico Verissimo escreve informando estar autorizado a editar seu romance e, também, seus contos pela Editora Globo, de Porto Alegre. 1.000 exemplares — dos mais de 1.700 remanescentes — de "Près du coeur sauvage" são incinerados, por falta de espaço de armazenamento. O casamento de Claricedá sinais de seu final.

1959
- Separa-se do marido e, em julho, regressa ao Brasil com seus filhos. Seu livro continua inédito. A escritora resolve comprar o apartamento onde está residindo, no bairro do Leme, e, para isso, busca aumentar seus ganhos. Sob o pseudônimo de "Helen Palmer", inicia, em agosto, uma coluna no jornal "Correio da Manhã", intitulada "Correio feminino — Feira de utilidades".
1960
- Publica, finalmente, Laços de Família, seu primeiro livro de contospela editora Francisco AlvesComeça a assinar a coluna "Só para Mulheres", como "ghost-writer" da atriz Ilka Soares, no "Diário da Noite", a convite do jornalista Alberto Dines. Assina, com a Francisco Alves, novo contrato para a publicação de A maçã no escuro. Torna-se amiga da escritora Nélida Piñon.

1961
- Publica o romance A maçã no escuro. Recebe o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, por Laços de família.
1962

- Passa a assinar a coluna "Children's Corner", da seção "Sr. & Cia.", onde publica contos e crônicas. Visita, com os filhos, seu ex-marido que se encontra na Polônia. Recebe o prêmio Carmen Dolores Barbosa (oferecido pela senhora paulistana de mesmo nome), por A maçã no escuro, considerado o melhor livro do ano.

1963

A convite, profere no XI Congresso Bienal do Instituto Internacional de Literatura Ibero-Americana, realizado em Austin - Texas, conferência sobre o tema "Literatura de vanguarda no Brasil. Conhece Gregory Rabassa, mais tarde tradutor para o inglês de A maçã no escuro. A paixão segundo G. H. é escrito em poucos meses, sendo entregue à Editora do Autor, de Sabino e Braga, para publicação. Compra um apartamento em construção no bairro do Leme.

1964
- Publica o livro de contos A legião estrangeira e o romance A Paixão Segundo G. H., ambos pela Editora do Autor. Em dezembro, o juiz profere a sentença que poria fim ao processo de separação de Clarice e Maury.
1965

Em maio, muda-se para o apartamento comprados em 1963. Sua obra passa a ser vista com outros olhos — pela crítica e pelo público leitor — após A paixão segundo G. H. Resultado de uma seleta de trechos de seus livros, adaptados por Fauzi Arap, é encenada no Teatro Maison de France o espetáculo Perto do coração selvagem, com José Wilker, Glauce Rocha e outros. Dedica-se à educação dos filhos e com a saúde de Pedro, que apresenta um quadro de esquizofrenia, exigindo cuidados especiais. Apesar de traduzida para diversos idiomas e da republicação de diversos livros, a situação financeira de Clarice é muito difícil.

1966

Na madrugada de 14 de setembro a escritora dorme com um cigarro aceso , provocando um incêndio. Seu quarto ficou totalmente destruído. Com inúmeras queimaduras pelo corpo, passou três dias sob o risco de morte — e dois meses hospitalizada. Quase tem sua mão direita — a mais afetada — amputada pelos médicos. O acidente mudaria em definitivo a vida de Clarice.

1967
- As inúmeras e profundas cicatrizes fazem com que a escritora caia em depressão, apesar de todo o apoio recebido de seus amigos. Não foi só um ano de acontecimentos ruins. Começa a publicar em agosto — a convite de Dines — crônicas no "Jornal do Brasil", trabalho que mantém por seis anos. Lança o livro infantil O mistério do coelho pensante, pela José Álvaro Editor. Em dezembro, passa a integrar o Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro.

1968
- Em maio, o livro O mistério do coelho pensante é agraciado com a "Ordem do Calunga", concedido pela Campanha Nacional da Criança. Entrevista personalidades para a revista "Manchete" na seção "Diálogos possíveis com Clarice Lispector". Participa da manifestação contra a ditadura militar, em junho, chamada "Passeata dos 100 mil". Morrem seus amigos e escritores Lúcio Cardoso e Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta). É nomeada assistente de administração do Estado. Profere palestras na Universidade Federal de Minas Gerais e na Livraria do Estudante, em Belo Horizonte. Publica A mulher que matou os peixes, outro livro infantil, ilustrado por Carlos Scliar.

1969
- Publica seu "hino ao amor": Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, pela Editora Sabiá. O romance ganha o prêmio "Golfinho de Ouro", do Museu da Imagem e do Som. Viaja à Bahia onde entrevista para a "Manchete" o escritor Jorge Amado e os artistas Mário Cravo e Genaro. Em 14/08 é aposentada pelo INPS - Instituto Nacional de Previdência Social. Seu filho Paulo, mora nos Estados Unidos desde janeiro, num programa de intercâmbio cultural. Seu irmão Pedro, em tratamento psiquiátrico, esteve internado por um mês, em junho.

1970
- Começa a escrever um novo romance, com o título provisório de Atrás do pensamento: monólogo com a vida. Mais adiante, é chamado Objeto gritante.Foi lançado com o título definitivo de Água viva. Conhece Olga Borelli, de que se tornaria grande amiga.

1971
- Publica a coletânea de contos Felicidade clandestina, volume que inclui O ovo e a galinha, escrito sob o impacto da morte do bandido Mineirinho, assassinado pela polícia com treze tiros, no Rio de Janeiro. Há, também, um conjunto de escritos em que rememora a infância em Recife. Encarrega o professor Alexandre Severino da tradução, para o inglês, de Atrás do pensamento: monólogo com a vida. Dez de seus contos já publicados constam de "Elenco de cronistas modernos", lançado pela Editora Sabiá.

1972

Retoma a revisão de Atrás do pensamento, com o qual não estava satisfeita. Faz inúmeras alterações no texto e passa a chamá-lo Objeto gritante. Repensando o romance, procura distrair-se. Durante um mês posa para o pintor  Carlos Scliar, em Cabo Frio (RJ).

1973
- Publica o romance Água viva, após três anos de elaboração, pela Editora Artenova, que lançaria também, nesse ano, A imitação da rosa, quinze contos já publicados anteriormente em outras coletâneas. Alberto Dines, em carta à escritora, diz sobre Água viva: "[...] É menos um livro-carta e, muito mais, um livro música. Acho que você escreveu uma sinfonia". Viaja à Europa com a amiga Olga Borelli. Clarice deixa de colaborar com o "Jornal do Brasil", face à demissão de Alberto Dines, no mês de dezembro.
1974
- Para manter seu nível de renda, aumenta sua atividade como tradutora. Verte, entre outros, "O retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde, adaptado para o público juvenil, pela Ediouro. Publica, pela José Olympio Editora, outro livro infantil, A vida íntima de Laura e dois livros de contos, pela Artenova: A via crucis do corpo e Onde estivestes de noite. Uma curiosidade: a primeira edição de Onde estivestes de noite foi recolhida porque foi colocado, erroneamente, um ponto de interrogação no título. Seu cão, Ulisses, lhe morde o rosto, fazendo com que se submeta a cirurgia plástica reparadora reparadora realizada por seu amigo Dr. Ivo Pitanguy. Lê, em Brasília (DF), a convite da Fundação Cultural do Distrito Federal, a conferência "Literatura de vanguarda no Brasil", que já apresentara no Texas. Participa, em Cali — Colômbia, do IV Congresso da Nova Narrativa Hispano-americana. Seu filho, Paulo, vai morar sozinho, em um apartamento próximo ao da escritora. Pedro vai morar com o pai, em Montevidéu — Uruguai.

1975
- Tendo como companheira de viagem a amiga Olga Borelli, participa do I Congresso Mundial de Bruxaria, em Bogotá, Colômbia. No dia de sua apresentação sente-se indisposta e pede a alguém que leia o conto O ovo e a galinha, não apresentando a fala sobre a magia que havia preparado para a introdução da leituraMuito embora minimizada, essa participação tem muito a ver com as palavras ditas por Otto Lara Resende, conhecido escritor, em um bate-papo com José Castello: "Você deve tomar cuidado com Clarice. Não se trata de literatura, mas de bruxaria." Otto se baseava em estudos feitos por Claire Varin, professora de literatura canadense que escreveu dois livros sobre a biografada. Segundo ela, só é possível ler Clarice tomando seu lugar —sendo Clarice.  "Não há outro caminho", ela garante.  Para corroborar sua tese, Claire cita um trecho da crônica A descoberta do mundo, onde a escritora diz: "O personagem leitor é um personagem curioso, estranho. Ao mesmo tempo que inteiramente individual e com reações próprias, é tão terrivelmente ligado ao escritor que na verdade ele, o leitor, é o escritor." Traduz romances, como "Luzes acesas", de Bella Chagall, "A rendeira", de Pascal Lainé, e livros policiais de Agatha Christie. Ao longo da década, faz adaptações de obras de Julio Verne, Edgar Allan Poe, Walter Scott e Jack London e Ibsen. Lança Visão do esplendor, com trabalhos já publicados na coluna "Children's Corner", da revista "Senhor" e também no "Jornal do Brasil". Publica De corpo inteiro, com algumas entrevistas que fizera anteriormente para revistas cariocas. É muito elogiada quando visita Belo Horizonte, fato que a deixa contrariada. Passa a dedicar-se à pintura. Morre, dia 28 de novembro, seu grande amigo e compadre Erico Verissimo. Reúne trabalhos de Andréa Azulay num volume artesanal ilustrado por Sérgio Mata, intitulado "Meus primeiros contos". Andréa tinha, então, dez anos de idade.
1976
- Seu filho Paulo casa-se com Ilana Kauffmann. Participa, em Buenos Aires, Argentina, da Segunda Exposición — Feria Internacional del Autor al Lector, onde recebe muitas homenagens. É agraciada, em abril, com o prêmio concedido pela Fundação Cultural do Distrito Federal, pelo conjunto de sua obra. Grava depoimento no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, em outubro, conduzido por Affonso Romano de Sant'Anna, Marina Colasanti e por João Salgueiro, diretor do MIS. Em maio, corre o boato de que a escritora não mais receberia jornalistas. José Castello, biógrafo e escritor, nessa época trabalhando no jornal "O Globo", mesmo assim telefona e consegue marcar um encontro. Após muitas idas e vindas é recebido. Trava então o seguinte diálogo com Clarice:

J.C. "— Por que você escreve?

C.L. "— Vou lhe responder com outra pergunta: — Por que você bebe água?"

J.C. "— Por que bebo água? Porque tenho sede."

C.L. "— Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva."

Enquanto escreve A hora da estrela com a a ajuda da amiga Olga, toma notas para o novo romance, Um sopro de vida. Revê Recife e visita parentes. Em dezembro, "Fatos e Fotos Gente", revista do grupo "Manchete", publica entrevista feita com a artista Elke Maravilha, a primeira de uma série que se estenderia até outubro de 1977.

1977
- A revista "Fatos e Fotos Gente" publica, em janeiro, entrevista feita pela escritora com Mário Soares, primeiro-ministro de Portugal. O jornal "Última Hora" passa a publicar, a partir de fevereiro, semanalmente, as suas crônicas. Ainda nesse mês, é entrevistada pelo jornalista Júlio Lerner para o programa "Panorama Especial", TV Cultura de São Paulo, com o compromisso de só ser transmitida após a sua morte. Escreve um livro para crianças, que seria publicado em 1978, sob o título Quase de verdade. Escreve, ainda, doze histórias infantis para o calendário de 1978  da fábrica de brinquedos "Estrela", intitulado Como nasceram as estrelas. Vai à França e retorna inesperadamente. Publica A hora da estrela, pela José Olympio, com introdução — "O grito do silêncio" — de Eduardo Portella. Esse livro seria adaptado para o cinema, em 1985, por Suzana Amaral. A editora Ática lança nova edição de A legião estrangeira, com prefácio de Affonso Romano de Sant'Anna. Claricemorre, no Rio, no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes do seu 57° aniversário vitimada por uma súbita obstrução intestinal, de origem desconhecida que, depois, veio-se a saber, ter sido motivada por um adenocarcinoma de ovário irreversível.  O enterro aconteceu no Cemitério Comunal Israelita, no bairro do Caju, no dia 11. Vai ao ar, pela TV Cultura, no dia 28/12, a entrevista gravada em fevereiro desse ano.

1978
- Três livros póstumos são publicados: o romance Um sopro de vida — Pulsações, pela Nova Fronteira, a partir de fragmentos em parte reunidos por Olga Borelli; o de crônicas  Para não esquecer, e o infantil,  Quase de verdade,em volume autônomo, pela Ática. Para não esquecer é composto de crônicas que haviam sido publicadas na segunda parte do livro A legião estrangeira, em 1964, que compunham a seção "Fundo de Gaveta" do citado livro. A hora da estrela é agraciada com o prêmio Jabuti de "Melhor Romance". A paixão sendo G. H. é publicada na França, com tradução de Claude Farny.

1979
- É publicado A bela e a fera, pela Nova Fronteira, contendo contos publicados esparsamente em jornais e revistas. Estréia, no teatro Ruth Escobar, em São Paulo, Um sopro de vida, baseado em livro de mesmo nome, com adaptação de Marilena Ansaldi e direção de José Possi Neto.

1981
- "Clarice Lispector — Esboço para um retrato", de Olga Borelli, é lançado pela Nova Fronteira.

1984

Reunindo a quase totalidade de crônicas publicadas no Jornal do Brasil, no período de 1967 a 1973, é lançado "A descoberta do mundo", organização de Paulo Gurgel Valente, filho da autora. A Éditions des Femmes, da França, lança, em sua coleção "La Bibliotèque des voix", fita cassete com trechos deLa passion selon G. H., lidos pela atríz Anouk Aimée.
1985
A hora da estrela recebe dois prêmios na 36ª edição do Festival de Berlim: da Confederação Internacional de Cineclubes — Cicae, e da Organização Católica Internacional do Cinema e do Audiovisual — Ocic. O longa-metragem de mesmo nome, dirigido por Suzana Amaral, com roteiro de Alfredo Oros também é premiado: Marcélia Cartaxo recebe o Urso de Prata de "Melhor Atriz".
Outros acontecimentos
Os 10 anos da morte da escritora são lembrados com diversas homenagens em sua memória. É aberto ao público o conjunto de documentos que viria a constituir o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa - FCRB, no Rio de Janeiro, constituído de documentos doados por Paulo Gurgel Valente.

Em 1990, a Francisco Alves Editora inicia a reedição da obra da escritora. A paixão segundo G. H. é encenada na capital francesa, no teatro Gérard Philippe, em montagem de Alain Neddam. Diane E. Marting, em 1993, publica "Clarice Lispector. A Bio-Bibliography", pela Westport: Greenwood Press, nos Estados Unidos. Em 1996, é lançada a antologia "Os melhores contos de Clarice Lispector", pela editora Global.

Estréia no Rio de Janeiro "Clarice — Coração selvagem", adaptado e dirigido por Maria Lúcia Lima, com Aracy Balabanian, em 1998.

No ano seguinte, "Que mistérios tem Clarice", adaptado por Luiz Arthur Nunes e Mário Piragibe estréia no teatro N. E. X. T.

Fernando Sabino, em 2001, organiza e publica, pela Record, "Cartas perto do coração", contendo correspondência que manteve com a escritora de 1946 a 1969.

A editora Rocco lança, em 2002, "Correspondências — Clarice Lispector", antologia de cartas de e para a escritora, seleção de Teresa Montero.

No aniversário de Clarice, 10/12/2002, a Embaixada do Brasil na Ucrânia e a Prefeitura de Tchetchelnik se associam em homenagem à memória da escritora, inaugurando uma placa com dados biográficos  gravados em russo e em português, que é afixada na entrada da sede da administração municipal.

Em 2004, os manuscritos de A hora da estrela e parte dos livros que pertenciam à biblioteca pessoal de Clarice Lispector são confiadas por Paulo Gurgel Valente à guarda do Instituto Moreira Salles, que lança, em dezembro, edição especial dos "Cadernos de Literatura Brasileira", dedicada à vida e à obra da autora.
Em artigo publicado no jornal "The New York Times", no dia 11/03/2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafka na literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o inglês de Jorge Amado, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e de Clarice. No dia 13/01, foi discutido o viés judaico na obra da autora no Centro de História Judaica em Nova York.
O Consulado-Geral do Brasil em Córdoba - Argentina, participou, em 2007, de homenagem, dos alunos do 6º ano do nível médio, à escritora Clarice Lispector. O fato mereceu destaque na página de divulgação de eventos culturais do Ministério das Relações Exteriores. Naquela cidade encontram-se 47 escolas que ensinam a Língua Portuguesa e aspectos da cultura e literatura brasileira. O Consulado-Geral também conta com uma pequena biblioteca, que atende ao público interessado nesses assuntos, embora não haja ali nenhuma obra da citada escritora. No entanto, têm sido publicadas, nos últimos tempos, notas sobre a vida e a obra de Clarice Lispector, na imprensa local.

Fonte: http://www.releituras.com/clispector_bio.asp



Frei Betto


Biografia de Frei Beto

Carlos Alberto Libânio Christo nasceu no ano de 1944, em Belo Horizonte, MG, Filho de um cronista do jornal Estado de Minas e de uma autora de livros sobre culinária. Professou na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São PauloÉ militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero.Esteve preso por duas vezes sob a ditadura militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir quatro anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para dois anos. Após sair da prisão, foi trabalhar até o final da década de 1970, construindo Comunidades Eclesiais de Base CEB's na Arquidiocese de Vitória (Espírito Santo). Na década de 1980 foi para São Paulo para trabalhar como assessor da Pastoral Operária na Região de São Bernardo do CampoFrei Betto recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a favor dos movimentos populares.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Resumo do livro "Pretinha Eu?"



O livro “Pretinha, Eu” fala sobre uma garota muito inteligente chamada Vânia, ela ganhou uma bolsa de estudos em uma escola muito elitista chamada Harmonia. Com a sua chegada, os alunos da turma ficaram nervosos porque era a única negra da turma. Devido à sua cor ela começou a sofrer bullying. Uma garota que a humilhou começou a reparar nas suas semelhanças com Vânia pelo lábio grosso, nariz grande, cabelo encaracolado e sua pele mais escura, o seu nome era Bel, mas tinha medo de se tornar amiga de Vânia porque achava que suas amigas podiam perceber as semelhanças e também ser humilhada. Por isso, resolveu humilhar Vânia ainda mais a chamando de pretinha. Mas isso não foi a pior coisa que fizeram com Vânia. Alguns dias depois, Vânia, que consegui se enturmar com alguns, estava começando a se enturmar com todos até que Carmita, amiga “popular” de Bel estava se sentindo que sua popularidade estava ameaçada a armou uma pegadinha que poderia mudar isso de uma vez por todas. Carmita se perguntou, porque Vânia sempre de casaco até que Bel falou que uma vez, no vestiário, ela disse que viu dois buracões nas camisas na região da axila. Até que Bel teve a ideia de expor para todos o seu segredo, todos começaram a rir e Vânia, muito humilhada, tão humilhada que até deixou Carmita culpada pela maldade que havia feito, Bel, também, não se sentiu bem por ter feito isso. Tempo depois Bel começou a se dar bem com Vânia,ignorou as outras e Vânia e Bel se tornaram grandes amigas.

Resumo do livro "Sempre Haverá um Amanhã"


Daniel e Samanta têm dois filhos. Quando chegou Mahara, a filha tão esperada, eles principalmente não se contiveram de tanta alegria. a menina parecia saudável e era linda, apenas demorou um pouco para chorar ao nascer.

Aos poucos, porém, a família percebeu que Mahara era diferente dos outros bebês e  era tranquila  demais, não tinha a curiosidade normal de uma criança, sem falar na parte motora. Aos dois anos de idade ela ainda não falava nem andava.

Após vários exames, veio o diagnóstico: Mahara tinha retardo mental. Só restava Daniel e Samanta encarar a realidade - ao mesmo que que iniciaram uma luta sem trégua para que Mahara,  embora diferente fosse autossuficiente e tivesse garantido seus direitos de cidadã.

Uma das dificuldades nessa luta foi arrumar uma escola para Mahara. Seu pai tentou de tudo para colocá-la em uma escola regular, mas nenhuma aceitou.Por isso teve de colocá-la em uma escola para deficientes, ainda mais os irmãos de Mahara não a queriam em suas escolas, porque sofriam bullying pelo fato dela ser deficiente.

Outra dificuldade foi quando sua mãe e um de seus irmãos viajaram para os Estados Unidos e seu pai teve que cuidar dela e do outro irmão.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ivan Ângelo

Biografia de Ivan Ângelo


Ivan Ângelo nasceu em 4 de Fevereiro de 1936, é um jornalista, cronista e romancista brasileiro.

Começou a escrever os primeiros contos em 1954, sendo logo premiado num concurso da prefeitura de Belo Horizonte com o conto Culpado sem crime. Em 1965 mudou-se para São Paulo, onde fez parte da primeira equipe do Jornal da Tarde e fez também roteiros para a televisão.
Em 1979, lançou uma coletânea de cinco novelas curtas: A casa de vidro, que o consagrou como escritor reconhecido além das nossas fronteiras. Motivado pelas perguntas de sua filha, passou a se interessar pela literatura infanto-juvenil e lançou O ladrão de sonhos em 1994.A aceitação por parte desse exigente público foi imediata, motivando o surgimento de Pode me beijar se quiser (1997), O Vestido luminoso da princesa (1998) e O comprador de aventuras e outras crônicas (2000). Atualmente publica crônicas periódicas nos jornais O Tempo, de Belo Horizonte e Correio Braziliense. A partir de 1999, passou a publicar uma crônica semanal na “Vejinha”. Tomou gosto, de vez, pelo gênero e publicou As melhores crônicas de Ivan Ângelo, em 2007 pela Global.



Carlos Saldanha

Biografia de Carlos Saldanha

Carlos Saldanha  é um diretor cinematográfico brasileiro, um dos maiores nomes da animação no mundo.  Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro de 1965. Filho de militar de classe média foi criado no bairro da Barra da Tijuca. Estudou em colégio militar, fez cursinho de inglês e com 14 anos já era fluente. Formou-se em Informática e empregou-se como analista de sistemas em uma petrolífera.
Interessado na arte da computação gráfica percorreu as poucas empresas brasileiras da área, mas em 1991 foi para os Estados Unidos pela primeira vez e matriculou-se no curso de animação na School of Visual Arts, em Nova Iorque. Seu professor Bruce Wands, era o encarregado de selecionar candidatos para o curso de mestrado na área, Saldanha foi o escolhido. 
 Voltou ao Brasil, organizou a papelada, casou-se com sua noiva e se mandou para Nova Iorque onde foi recebido por uma amiga, que emprestou a casa e ainda ajudou a bancar parte do curso.
Nos primeiros anos a dedicação era total, sem nenhuma folga. Em 1993, por ter se destacado dos colegas, foi convidado pelo professor Chris Wedge para integrar a equipe da Blue Sky, que na época se sustentava fazendo comerciais para a televisão, até que em 2000, a Fox comprou a Blue Sky. Ainda no mestrado, Saldanha fez dois curtas, um deles, “Time for Love”, foi apresentado no Anima Mundi 2002.
Em 2002, a 20th Century Fox lançou o filme de animação “A Era do Gelo”, produzido pela Blue Sky Studios, dirigido por Chris Wedge e Carlos Saldanha, no qual mostra a jornada do esquilo pré-histórico alucinado por nozes chamado Scrat. Transformado em série, em seguida foram lançados: “A Era do Gelo 2: O Degelo” (2006), “A Era do Gelo 3: O Despertar dos Dinossauros” (2009) e “A Era do Gelo 4” (2012). Em 2014, é lançado “Rio Eu Te Amo”, o terceiro filme da franquia “Cites of Love”, do qual fazem parte as produções de Paris (Je T’aime) e de Nova Iorque (I Love You). 


Mapa Conceitual Sobre o Livro Pretinha Eu?


terça-feira, 17 de maio de 2016

Júlio Emilio Braz


Biografia de Júlio Emilio Braz

Júlio Emilio Braz é um ilustrador e escritor de literatura infanto-juvenil. Nasceu em Manhumirim, MG, ele já escrevia com seis anos, começou a escrever profissionalmente aos vinte e um anos. Sua paixão sempre foi história, apesar de não poder concluir o curso de História, e acabou formando-se em Contabilidade.Ele escreveu desde roteiro para histórias em quadrinhos (publicadas no Brasil, Portugal, Bélgica, França, Cuba e EUA) até livros de bolso de faroeste.
Após receber elogios, começou a se destacar, tendo novas oportunidades para publicar seus contos em algumas editoras.Depois de começar a escrever livros ficou conhecido mundialmente e ganhou prêmios como o Blue Cobra Award do Swiss Institute for Children's Books.
Na televisão, escreveu quadros para o programa Os Trapalhões, da TV Globo, e uma telenovela em dez capítulos para uma emissora do Paraguai. É autor de livros infanto-juvenil, entre eles Saguairu, que obteve o Prêmio Jabuti em 1989.
Hoje tem por volta de 169 livros publicados, todos destinados a crianças e adolescentes.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Resumo de Sonhos do Livro "Meninos da Planície"

Primeiro Sonho

Gritos e gargalhadas misturavam-se. Um grupo de crianças tomava banho no rio. Um dos meninos, o mais agitado, era magro e corria na margem sem parar. Pulou para mergulhar no rio e, quando se esticou no ar, pôde-se ver uma grande cicatriz que lhe cruzava a coxa direita. Em pé, com a água na altura do peito, começou a bater na superfície do riacho, atirando água na direção de uma menina sentada numa pedra. Ao receber a ducha, a menina deu um pulo.O menino continuava dando palmadas na superfície do rio:
- Toma, Nia!
Só deixou de espalmar a água quando ela lhe acertou nas costas a fruta que comia, gritando com raiva:
- Para, Aur!

Quinto Sonho

O entardecer era de cobre. Bandos de pássaros voavam muito alto. Na aldeia, formaram-se três grupos: os das crianças, num estranho silêncio; os dos homens, que conversavam de cócoras em voz baixa; e os das mulheres, que se aqueciam sentadas em volta do fogo. O horizonte para além do rio tornara-se vermelho. Aur apontando para o disco solar, enorme, explicava aos meninos o que um velho lhe contara: o Sol, depois de caminhar o dia todo, ia descansar muito longe, pousando num território distante. Tão longe que ninguém conseguia alcançá-lo, nem mesmo os mais velhos. Quando chegava ao seu abrigo, deitava para descansar e causava um grande incêndio que avermelhava o céu. 
No grupo das mulheres, uma delas permanecia em pé, imóvel, as duas mão pousadas sobre o ventre dilatado. De repente começou a caminhar na direção da pequena mata. A mulher idosa a seguiu. Os três grupos então fizeram silêncio.As duas pararam numa pequena clareira. A mais velha arrastou as grandes folhas de palmeira e as arrumou como se fosse um tapete.Lentamente, a mulher de ventre dilatado acocorou-se sobre o tapete e apoiou as mãos no chão. A mulher mais velha ajoelhou-se e, enquanto apanhava algo no chão, veio o primeiro choro, forte e zangado, de um recém-nascido.

Oitavo Sonho

O Sol ocupava o centro do céu e a natureza parecia imóvel, mas a aldeia estava em grande atividade. Formaram-se vários grupos que se protegiam das sombras das árvores que cresciam entre o rio e o salão. Sentados no chão, alguns homens amolavam pedras escuras. Outros amarravam as pedras já amoladas em cabos de madeira com uma fenda na ponta. Um homem recurvado caminhava constantemente de um grupo a outro, examinando o que faziam e dando orientações. Deteve-se no grupo em que havia mais crianças, que batiam firme e repetidamente pedras estreitas em outras menores, parecidas com pedaços de vidro. O velho pegava cada uma das peças já acabadas e examinava atentamente. Em seguida, devolvia algumas delas aos que martelavam e lhes indicava correções. Dirigiu-se em seguida, ao grupo próximo da entrada da caverna, onde havia mais mulheres. As mulheres esticavam ao sol peles de pequenos animais. O homem agachou-se e começou a cavar o chão com um pequeno machado de pedra, retirando a terra com as mãos. Acrescentou várias coisas ao buraco, arrastou uma laje fina e tampou o pequeno poço. Depois cobriu com palmeiras o buraco e pôs fogo com uma tocha acesa numa fogueira ao lado.


Sites Interessantes com Livros, Filmes, Jogos, HQs, etc.

  www.marvel.com
  www.devir.com.br
  www.monica.com.br
  www.clubedamafalda.blogspot.com



                                                                     

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Castor Cartelle


Biografia de Castor Cartelle

Paleontólogo, professor, curador da coleção de Paleontologia da PUC Minas, nascido na Galícia, Espanha, veio para o Brasil ainda jovem. Licenciado em letras clássicas, filosofia e ciências naturais, mestre em geociências e doutor em ciências. Responsável por importantes descobertas, foi idealizador e fundador do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, que conta atualmente com 70 mil peças. Apaixonado pela vida oceânica, largou seus primeiros diplomas, em letras e filosofia, para estudar biologia marinha, a partir da qual descobriu a ciência dos fósseis. Um documentário sobre sua vida e descobertas está sendo produzido na França e já se encontra em fase final. Professor aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais ainda continua com suas aulas no curso de biologia da PUC, embora considere que ser pesquisador é que dá a ele maior prazer. Autor de obras como "Os Meninos da Planície" (Saraiva, 2001), que foi adotado em várias escolas e está prestes a virar filme de animação. É vice-presidente da fundação Biodiversitas e membro do conselho da fundação zoobotânica de Belo Horizonte. Foi agraciado com a Medalha Dr. Peter Wilhelm Lund, criada pela prefeitura de Lagoa Santa, que tem objetivo de homenagear personalidades que se destacaram com relevância na ciência ou na política nacional e internacional. Cartelle idealizou "a rota" que percorrerá o caminho feito por Lund, integrando o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o Parque Estadual do Sumidouro, as grutas da Lapinha, Rei do Mato e Maquiné. 

domingo, 10 de abril de 2016

CSP - Lançamento de livro na semana literária

Algumas fotos do lançamento de hoje. Se eu tivesse levado máquinas de escrever para vender, teria vendido muitas!! :-) ...

Publicado por Edson Tavares em Sábado, 9 de abril de 2016

"Os Meninos Morenos" e a minha História

Os Meninos Morenos

       “A assinatura desse meu avô, nos autos, era famosa na comarca. A linha vertical da letra t, do seu sobrenome, ia em linha reta até o alto da última página dos autos, procedimento usado pelos escrivãos para provar que não havia rasuras nos termos finais do documento.”

Vida Real

          O meu avô morava em uma cidade do interior de Minas, era um famoso marceneiro. Ele desenhava e fabricava vários móveis para os habitantes da cidade onde morava. Teve um dia que ele juntou dinheiro suficiente para poder abrir uma marcenaria, que vendeu grandes quantidades de móveis. Anos depois meu avô foi homenageado pela cidade com um troféu pelo seu bom trabalho como marceneiro.






sábado, 2 de abril de 2016

Semana Literária

GÍRIAS APLICADAS À LINGUAGEM CULTA

Gírias  aplicadas à reportagem "Variedades linguísticas e gírias", postada pela professora Maria de Lourdes.



"Há também gírias características de uma geração, uma penca de vezes empregadas por brotos como uma forma de se distinguir dos mais jovens e dos coroas. Como observa o sociolinguista Anthony Julius Naro, gírias adquiridas nesse período continuam sendo empregadas ao longo da vida, como marca da juventude.

Hoje a gíria ganhou espaço na publicidade, no jornalismo, na política e até na literatura. A zoiúda, o rádio e, mais recentemente, a internet aceleram a divulgação de modismos linguísticos, que ultrapassam o contexto em que foram criados, tornando-se nacionais e muitas vezes internacionais.

 É o caso de “shippar”, neologismo derivado do inglês relationship, que significa aprovar um novo casal, de chapas ou de encoleirados, geralmente relacionado a personagens de séries e novelas, ou a ídolos adolescentes. A internet é um espaço muito produtivo nesse sentido.

Termos como “miga”, designando pessoa de qualquer sexo e idade, e “falsiane”, rótulo para o(a) falso(a) brother, transpõem a web e invadem a fala de dimenor, jovens e tios." 


GÍRIA
PALAVRA
Penca
Muitos
Brotos
Adolescentes/jovens/bonitos
Coroas
Mais velhos
Zoiúda
TV
Chapas
Amigos
Encoleirados
Namorados
Brother
Amigo
Dimenor
Criança
Tio
Adulto (Pessoa mais velha)